Autofinanciamento: o que é e como funciona?

Em algum momento, você já deve ter ouvido falar que o autofinanciamento é uma das boas soluções para realizar o tão sonhado objetivo de adquirir um veículo ou uma casa própria, sem se endividar por meio de empréstimos com instituições financeiras. Mas afinal, o que significa essa modalidade de compra?

Inicialmente, muitas pessoas tendem a acreditar que o autofinanciamento se resume à capacidade de juntar, por conta própria e sem qualquer ajuda, o dinheiro necessário para adquirir o bem desejado à vista. No entanto, essa abordagem vai além e oferece diversas vantagens.

Se você ficou curioso e deseja saber mais sobre o assunto, continue lendo este conteúdo que preparamos. Nele, iremos explicar o verdadeiro significado do autofinanciamento, seus benefícios e como o consórcio pode ser uma ajuda valiosa, quando utilizado da maneira correta. Acompanhe-nos e confira!

O que é autofinanciamento? 

O autofinanciamento refere-se à capacidade de lidar com os custos da aquisição de um bem por conta própria. Em outras palavras, trata-se de financiar a si mesmo, sem precisar recorrer a empréstimos de instituições financeiras. A compra é realizada à vista e pode ser feita em médio ou longo prazo.

É importante ressaltar que, ao contrário do que muitos imaginam, o autofinanciamento pode ser realizado tanto de forma individual quanto em grupo. No primeiro caso, você estabelece um plano e economiza até acumular a quantia necessária para a compra.

Já no formato de investimento em grupo, todos se ajudam para alcançar a quantia desejada de forma mais rápida. Imagine o seguinte cenário: você participa de um grupo com 10 amigos para fazer uma compra no valor de R$100 mil. Nesse acordo, cada um dos integrantes investe R$10.000 mensais para que uma das pessoas consiga adquirir o bem desejado.

Essa modalidade de autofinanciamento em grupo é conhecida como consórcio. Trata-se de uma forma coletiva de poupança, em que os participantes contribuem mensalmente para formar um fundo comum. A cada mês, por meio de sorteios ou lances, um ou mais integrantes são contemplados com a carta de crédito, que permite a compra do bem desejado.

O consórcio oferece uma série de vantagens, como a ausência de juros e a possibilidade de planejamento financeiro. Além disso, é uma forma acessível de conquistar o sonho do carro ou da casa própria, pois não exige entrada e é flexível em relação ao prazo de pagamento. 

Diferença entre financiamento e autofinanciamento

O autofinanciamento e o financiamento são duas abordagens distintas quando se trata de obter recursos para alcançar determinados objetivos. Vamos explorar as diferenças entre eles:

O autofinanciamento envolve o uso de recursos próprios para buscar as conquistas desejadas. Nesse caso, a pessoa utiliza seu próprio dinheiro, economias ou renda para adquirir um bem, como uma casa ou um veículo, ou para obter determinados serviços. Não há envolvimento de instituições financeiras nesse processo, e a compra é feita à vista ou em parcelas que são pagas com recursos próprios. Essa abordagem não gera juros nem endividamento, pois não há necessidade de devolver o dinheiro a terceiros.

Por outro lado, o financiamento é um acordo realizado com instituições financeiras, onde a pessoa solicita um empréstimo para alcançar a quantia necessária. Esse empréstimo pode ser utilizado para comprar uma casa, um carro ou para outros fins específicos. No financiamento, o valor concedido pela instituição financeira precisa ser reembolsado dentro de um prazo estabelecido, geralmente com a adição de juros. As taxas de juros podem variar dependendo do banco ou da instituição financeira e, se não houver um planejamento adequado, isso pode resultar em endividamento.

É importante destacar que tanto o autofinanciamento quanto o financiamento têm suas vantagens e desvantagens. O primeiro permite maior controle financeiro, evita o pagamento de juros e oferece mais liberdade na escolha de prazos e condições. Por outro lado, o financiamento pode ser uma opção viável quando não se dispõe do valor necessário de forma imediata, mas é preciso estar ciente dos juros e dos compromissos financeiros assumidos.

Cada abordagem tem suas particularidades e é importante considerar o seu perfil financeiro, objetivos e capacidade de pagamento ao decidir qual delas é mais adequada para suas necessidades. É sempre recomendável fazer um planejamento financeiro cuidadoso antes de optar por qualquer uma das opções, a fim de evitar problemas futuros e garantir uma tomada de decisão consciente.

Quais as vantagens do autofinanciamento?

Citamos anteriormente que o autofinanciamento proporciona benefícios para você. E para comprovar esse fato, confira a lista de vantagens que separamos a respeito desse modelo de aquisição. 

Ausência do pagamento de juros altos 

Como citamos no tópico anterior, os bancos cobram juros altos para emprestarem dinheiro aos seus clientes. Essas taxas existem pelo fato de incertezas que existem com relação aos empréstimos, e são as principais formas de endividamentos. Fazendo um autofinanciamento, você se livra desse pagamento aos bancos. 

Livre de burocracia

Os financiamentos, geralmente, envolvem uma série de burocracia que algumas vezes pode acabar prejudicando o negócio. Com o autofinanciamento isso não acontece, sendo mais fácil de comprar o bem almejado e ainda não compromete sua renda. 

Mais facilidade para análise de crédito

Como no autofinanciamento você compra o bem de maneira à vista, isso proporciona mais possibilidade de conseguir descontos interessantes ou até mesmo algum benefício extra, superando o processo na análise de crédito.

Flexibilidade de pagamento

Uma das vantagens do autofinanciamento é estabelecer uma flexibilidade de pagamento para a aquisição. Isso dá a possibilidade de você poupar uma quantia necessária para compor o seu orçamento e ainda, se puder e quiser, investir um valor maior para a compra do bem desejado. 

Autofinanciamento e consórcio: qual a relação?

Como você pôde ver, o autofinanciamento permite o modelo individual ou em grupo. A segunda opção é uma boa solução para quem tem dificuldade de autocontrole e disciplina dentro de um planejamento estabelecido. E é exatamente nesse ponto que o consórcio se relaciona com o autofinanciamento. 

Considerada uma das formas mais seguras de realizar os objetivos, o consórcio se estabelece na união de várias pessoas com o objetivo de comprar o mesmo bem. É um modelo de economia colaborativa e funciona da seguinte forma: todos os participantes contribuem em valor mensal  para concretizar o objetivo. 

Esses recursos investidos pelos participantes criam um fundo comum, que é usado para o autofinanciamento das pessoas que estão contribuindo. 

É importante salientar que antes de começar um consórcio, você pode escolher a administradora que bem entender, mas atenção: sempre pesquise bem a credibilidade das empresas. Portanto, saiba quais são as organizações que estão autorizadas a realizar esse trabalho, através do site do Banco Central. 

Além de ter a certeza de que as parcelas se encaixam perfeitamente em seu orçamento. Afinal de contas, ninguém quer gerar dívidas. Depois que tudo estiver definido, você precisa seguir alguns passos para começar o consórcio. Acompanhe!

• Escolher o item que deseja para aquisição;
• Estipular o valor a ser pago;
• Escolher o número de parcelas para investir;
• Decidir qual será o valor de cada parcela do consórcio

As parcelas do autofinanciamento: o que está incluído?

Para compreender melhor o autofinanciamento por meio do consórcio, é importante entender o que está incluso nas parcelas pagas pelos participantes. Essa informação auxilia no monitoramento do consórcio e evita possíveis desentendimentos. Vejamos quais os valores incluídos:

• Fundo comum: O valor do fundo comum é a quantia paga pelo cotista em cada parcela do consórcio. Esse valor é destinado a formar uma espécie de poupança coletiva com o objetivo de adquirir os bens desejados pelos participantes. A cada mês, o fundo comum é reforçado pelas contribuições de todos os membros do grupo.
• Taxa de administração: A taxa de administração é uma cobrança realizada pela administradora do consórcio para cobrir os gastos relacionados ao gerenciamento do grupo. Esses gastos envolvem a organização das assembleias, a gestão dos pagamentos e demais atividades administrativas necessárias para o funcionamento adequado do consórcio.
• Taxa de seguro e fundo de reserva: Nem todas as empresas que administram consórcios cobram essa taxa, mas algumas a incluem no valor das parcelas. A taxa de seguro e fundo de reserva tem a função de garantir que as prestações sejam pagas, independentemente de algum imprevisto ocorrer, como acidentes ou a falta de condições financeiras de um consorciado para arcar com sua parcela. Essa taxa contribui para a segurança e a estabilidade do consórcio, protegendo os interesses de todos os participantes.

Ao entender o que está incluído nas parcelas do consórcio, você terá uma visão clara dos componentes que compõem o autofinanciamento coletivo. Essa compreensão permite um melhor acompanhamento das suas contribuições e ajuda a evitar possíveis dúvidas ou mal-entendidos ao longo do processo do consórcio.

Lembre-se de verificar todas as informações junto à administradora do consórcio escolhida, pois os detalhes e as taxas podem variar de acordo com cada empresa. Ao escolher uma administradora confiável e compreender adequadamente os valores incluídos nas parcelas, você poderá participar do consórcio de forma consciente e aproveitar todos os benefícios que o autofinanciamento por meio do consórcio pode oferecer.

O que achou deste conteúdo? 

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